A aposentadoria já anunciada de Guga e a aposentadoria ainda não anunciada de Ronaldo configuram um bom momento para comparar diferentes estratégias de gestão de marca, se é que podemos incluir os tropeços de Ronaldo nessa categoria.
Enquanto o fenômeno do futebol demonstra toda a sua capacidade de explosão na hora de bombardear a galinha dos ovos de ouro, Gustavo Kuerten dá uma lição de como é possível aproveitar o encerramento da carreira para reposicionar a própria marca de volta ao topo. Com a sua turnê de despedida e o último jogo profissional no Brasil (ainda virão outros 2 internacionais), Guga fez lembrar a todos que foi o maior tenista brasileiro de todos os tempos, e que provavelmente estaremos condenados a um longo tédio nas quadras nacionais até que apareça um novo jogador tão brilhante. Retirado das quadras, de coração aberto, Guga valoriza o que agora será sem dúvidas o seu maior patrimônio: a própria marca. O resultado já apareceu com bons negócios em parceria com a Diadora e com outros anunciantes que já foram parceiros do atleta em ocasiões anteriores. Se as duas marcas estivessem no mercado de capitais, sem dúvida seria a hora de vender papéis da marca Ronaldo e investir na marca Guga.