AG/DG


A emoção de ver um cara que é o cara, cara!, mas que continua sendo aquele mesmo menino, se despedindo da profissão e sendo aclamado pelo mundo inteiro em Roland Garros é uma daquelas poucas que ainda arrepiam. Para quem é de Floripa, tem um gosto a mais: representa o triunfo global de uma marca local, de um jeito quase no-profile nem sempre bem compreendido, em que todo nativo da ilha se reconhece, e nós também.
Antes de Guga, jamais um brasileiro havia atingido o top 10 da ATP. Antes de Guga, jamais um brasileiro havia triunfado em um Grand Slam. Antes de Guga, jamais um brasileiro havia atingido o top 10 do ranking. Antes de Guga, jamais um brasileiro havia ganho mais de dez títulos de primeira linha. Antes de Guga, jamais um brasileiro havia acumulado mais de US$ 3 milhões em prêmios na carreira (Em toda a carreira, ele ganhou US$ 14,7 milhões em prêmios, e adicionou outros milhões com muitos contratos publicitários). Antes de Guga, jamais um sul-americano havia terminado uma temporada no topo do ranking mundial. Antes de Guga, apenas um tenista conseguiu derrotar Pete Sampras e Andre Agassi, dois dos maiores tenistas da história, na seqüência. Antes de Guga, nenhum tenista conseguiu conquistar os três Masters Series (série criada em 1990) disputados no saibro (Montecarlo, Roma e Hamburgo) e Roland Garros - o espanhol Rafael Nadal repetiu o feito nesta temporada. [Veja na Folha a série 'Antes de Guga' com mais detalhes]