LENDAS NUNCA MORREM, EMPRESAS SIM.


O Lehman Brothers que o diga. Depois de o quarto maior banco americano de investimentos anunciar a falência após 150 anos de história, os mercados despencaram como nunca desde 11 de setembro de 2001, em um dia que já foi batizado de "segunda-feira negra" pelo mercado. Durante o dia de hoje, o LB agonizou em Wall Street, onde seus títulos chegavam a ser negociados a US$ 0,15, em comparação aos US$ 59,5 de um ano atrás. Para evitar que o mesmo ocorra no Merrill Lynch, a maior corretora do mundo, seus diretores definiram sua venda ao Bank of America, o banco com maior carga de depósitos dos EUA, que pagará US$ 29 por cada título, 70% em relação ao valor de sexta-feira. E já que nada dura para sempre, o que todo o mundo quer saber é o que acontecerá com a Apple depois que o fundador Steve Jobs se for. Depois de retirar um câncer, a saúde de Jobs não parece muito bem, e os boatos sobre o assunto só aumentam em vista de que a empresa não parece ter nenhum substituto à altura - ou de que talvez não haja nenhum neste planeta. Com ou sem câncer, certamente algum dia Jobs encerrará sua jornada na Terra, então ainda cabe a pergunta: para onde vai a Apple depois que ele se for? Provavelmente, segundo alguns especialistas, verá suas ações se depreciarem a ponto de se tornar alvo de um "hostile takeover", ou seja: uma aquisição parecida com a do Merrill Linch. Depois disso, apostam as previsões mais cruas, o mais provável seria uma divisão da empresa, que desse destinos diferentes para os ativos da área de 'computers' (menos promissores, mas que poderiam atrair compradores como Motorola, DELL, HP, Acer e Toshiba) e a ultra-hype (e ultra-rentável) divisão de entretenimento e 3G devices - leia-se iPod, iTunes, iPhone e família. Mais difícil que tudo - e nisso todos concordam - seria manter o espírito inovador da marca, até hoje intrinsecamente associado ao fundador.