SUSTENTABILIDADE QUE NÃO PÁRA EM PÉ


O Ibope Inteligência apresentou um estudo que mostra como o brasileiro ainda tem dificuldade de praticar as idéias de sustentabilidade. O estudo “Cidadania Sustentável: Um chamado para a ação” mostra que é grande a quantidade de pessoas que, embora tenham conhecimento de práticas de cidadania sustentável, não as incluem em seu cotidiano.
Foram enumeradas as ações sustentáveis mais disseminadas na sociedade: consumo consciente, não à pirataria e separar o lixo, pilhas e baterias. Apesar de entre 70% e 90% dos pesquisados terem afirmado ser bem-intencionados quanto a estes hábitos, apenas de 30% a 60% os exercem, de fato. O levantamento também aponta para uma associação exagerada do termo “sustentabilidade” ao meio ambiente, o que, não raro, pode causar repulsa em parte da sociedade, avessa ao radicalismo de alguns ativistas ambientais.
Uma das conclusões do estudo é a necessidade de dar novo significado ao termo sustentabilidade, que deveria ser encarado num sentido amplo, referindo-se a carreiras sustentáveis, finanças sustentáveis, dietas sustentáveis etc. A pesquisa indica ainda que a sociedade enxerga uma relação “platônica” com a sustentabilidade, como se fosse um sonho distante, muito difícil de ser alcançado.
E o que toda essa informação tem a ver com branding? Tudo a ver, especialmente para os gestores das marcas que já flertam com o conceito de sustentabilidade como um agregador de valor. E não são poucas que já incorporaram essa idéia, ao menos no discurso. Para esses gestores e suas marcas, é essencial compreender em que o consumidor realmente pensa quando ouve falar nesse assunto. De outro modo, o futuro de ambos - marcas e gestores - pode acabar seriamente comprometido por um discurso que não comunica o que pretende e, assim, se torna também insustentável.