SOBRE CLIENTES E AGÊNCIAS

Quem é da área sabe que marketing trata basicamente de percepção, e que a percepção sobre as coisas não tem necessariamente relação com a realidade das coisas. De modo que algumas coisas podem mesmo ser mal compreendidas. Como o post anterior, 'os maiores preferem as menores', especialmente por quem não se der ao trabalho de ler o que está no link. Lendo tudo, será possível entender que quando estamos falando dos clientes grandes digo, GRANDES (Coca-Cola, Nike, Adidas). E também de agências pequenas, mas que não são o tipo de agência pequena que por aqui nasce como cogumelos de zebu depois da chuva. As agências 'menores' que têm conquistado os clientes 'maiores' normalmente têm bons cases para mostrar, têm repertórios de experiências anteriores, e profissionais sérios e reconhecidos à frente do negócio, com propostas inovadoras de como conduzí-lo. Nada a ver com as aventuras e os aventureiros de primeira viagem - ou de última, no caso daqueles que vieram procurar aposentadoria e tentar reinar em terra de cego, agências de um cliente ou de uma empreitada só. Abrir uma agência é fácil, basta ir à junta comercial, qualquer recém-formado ou aposentado faz. Muitos clientes, inclusive, o fazem, já que não vêem as agências agregarem nada que justifique sua participação. Esse é o outro lado do negócio: enquanto no cenário global os clientes grandes de verdade procuram agências menores e mais ágeis que as grandes multinacionais, no cenário local a falta de percepção (olha ela aí de novo) sobre o que seja qualidade acaba levando clientes a atirar no próprio pé, por não perceber a diferença entre as opções disponíveis ou por achar que o seu público não é capaz de perceber a diferença no resultado final. Se você está na dúvida, clique no link e veja o que são as agências 'menores' a que se refere o post anterior, depois a gente conversa.